Ar@quém News - quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Dicas para seu bolso: diversifique suas aplicações financeiras

Diversificar. Essa é a palavra-chave para quem procura montar uma carteira de investimentos mais adequada. É também por meio da diversificação que se reduz o risco com os investimentos e se pode almejar uma rentabilidade maior para o seu dinheiro. Quem pretende se qualificar como investidor, precisa variar suas aplicações, buscando mesclar investimentos mais seguros e menos rentáveis – como a caderneta de poupança, fundos referenciados DI ou compra de títulos públicos – com a renda variável – fundos de ações ou aquisição desses papéis por meio de uma corretora. É por meio do mercado de ações que você pode alavancar seus rendimentos.

Vamos exemplificar como pode ser feita essa diversificação. Suponhamos que você dispõe de R$ 100 mil referente à venda de um imóvel e quer iniciar sua carteira de investimentos. Uma sugestão seria destinar 35% desse montante para uma caderneta de poupança, outros 40% para fundos de investimentos de renda fixa e 25% para renda variável. Essa sugestão atende à maior parte de investidores com o seguinte perfil: conservadores com disposição a correr algum risco para elevar a rentabilidade. A poupança é importante, pois, além de ser isenta de Imposto de Renda até R$ 50 mil, é interessante para o curto prazo – para aqueles momentos onde é preciso sacar os recursos para atender a uma emergência, por exemplo. Utilizando a poupança, evita-se a desestruturação do fundo de investimento ou carteira de ações antes do momento ideal.

Já aplicações como fundos de investimento ou títulos públicos federais são interessantes como aposta de médio e longo prazo e para buscar ganhos um pouco superiores aos da poupança. Neste momento de perspectiva de elevação da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central, uma boa aposta seriam os fundos referenciados DI pós-fixados, que tendem a acompanhar os juros. Bem como títulos públicos referenciados pela Selic, as chamadas Letras Financeiras do Tesouro (LFT), que podem ser adquiridos através do site do Tesouro Direto – basta fazer antes um cadastro no banco ou corretora.

No que se refere às ações, é por meio deste tipo de aplicação que o investidor tem a oportunidade de elevar consideravelmente os ganhos de sua carteira. Para a grande maioria das pessoas, que não tem conhecimento do mercado de capitais e nem tempo para acompanhar o investimento, a melhor saída é direcionar os recursos para um fundo de ações atrelado ao Ibovespa – pelo fato de propiciar maior diversificação e, consequentemente, redução do risco. Esses fundos contam com administradores experientes para executar a sua gestão. Os investidores mais qualificados podem comprar ações diretamente da corretora e fugir das taxas administrativas cobradas nos fundos .

Duas advertências com relação à renda variável: os especialistas entendem que a maior parte das pessoas não deve destinar mais de 30% do seu recurso disponível para a Bolsa de Valores, devido ao maior risco; o mercado de ações é um investimento de longo prazo, por isso o poupador tem que ter prudência para saber o momento certo de vender seus papéis ou cotas do fundo de ações, ou seja, nem pensar em resgatar os recursos na baixa ou se assustar na primeira queda do Ibovespa.

Além da caderneta de poupança, dos fundos de investimento e do mercado de ações, várias outras aplicações podem contribuir para diversificação dos investimentos: imóveis, previdência privada, câmbio, ouro, entre outros. O importante é estabelecer metas, analisar as perspectivas para a economia e seus indicadores e, principalmente, buscar ajuda de especialistas em investimentos – de bancos ou corretoras – quando não tiver segurança para onde destinar os recursos.

Por: Oswaldo Scaliotti é jornalista formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), MBA em Informações Econômicas e Financeiras pela FIA/BM&FBovespa e especialista em Assessoria em Comunicação pela Unifor / Blog da Janga.
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