…Ser cidadão é ser pessoa, é ter direitos e deveres, é assumir as suas liberdades e responsabilidades no seio de uma comunidade democrática, justa, equitativa, solidária e intercultural. Tal como refere Juan Saez (1995), ser cidadão não é uma tarefa cômoda, senão muito complicada: as pessoas não nascem cidadãos, mas fazem-se no tempo e no espaço. Na verdade, não é fácil exercer a liberdade e a cidadania – ser pessoa e ser cidadão –, por isso exige-se uma luta sem tréguas para erradicar assimetrias e exclusões socioculturais e criar cenários de esperança realizáveis, fundamentados em valores e princípios éticos, que requalifiquem a democracia com cidadãos participativos e comprometidos.
Sabemos que este desafio não se faz com uma varinha de condão. Quem conhece e vive as contradições do sistema, sabe que de nada serve remediar, se não assumirmos alterar projetos políticos, socioculturais e educativos que integrem em vez de excluir. Não há soluções e estratégias pré-definidas. Há grandes temas integradores da ação. Desafios que devem alimentar as nossas esperanças, vivências e aprendizagens quotidianas que nos permitam sonhar com um futuro melhor.
Fonte: Aprendemos
