Ar@quém News - sábado, 26 de março de 2011

Mercado! Brasil vai colocar mais água na gasolina e importar álcool

Em nova tentativa de conter a escalada de preços dos combustíveis, a ANP (Agência Nacional do Petróleo) autorizou o aumento na quantidade de água no álcool anidro, que é misturado à gasolina vendida nos postos, informam José Ernesto Credendio e Leila Coimbra, em reportagem na Folha deste sábado. Desde ontem, o etanol anidro pode ter até 1% de água, que é a especificação no exterior. Antes, no Brasil, o teor máximo era de 0,4%.

O limite para o etanol ser considerado anidro é 1% de água. A mudança, assim, permitirá a importação de álcool dos EUA, que tem mais água. Com a alta dos preços do petróleo, é mais barato para o país importar álcool do que gasolina. A mudança não afetará o álcool combustível (hidratado), vendido nos postos. Conforme resolução publicada pela ANP, o teor real de etanol anidro na gasolina cai de 98% para 92,1%. A medida vale até 30 de abril, quando termina a entressafra de cana no centro-sul.

Importação

Além dessa medida, o diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, informou ontem que um carregamento de gasolina importado pela Petrobras chegará ao Brasil até o dia 15 de abril. Segundo ele, a gasolina será armazenada e utilizada em caso de necessidade. "No ano passado a gente importou para 10 dias, não deve ser muita coisa diferente disso", afirmou...

No ano passado a Petrobras importou 3 milhões de barris de gasolina de várias origens no início do ano, o que não fazia há cerca de 40 anos, também em função de um mercado interno aquecido. Costa informou que as refinarias da empresa estão trabalhando a plena capacidade e produzindo 380 mil barris diários de gasolina, totalmente absorvidos pela demanda interna.

Escalada de Preços

O álcool manteve a escalada de preços nesta semana nos postos de São Paulo e chegou a R$ 2,80 por litro, segundo outra reportagem da Folha de hoje. O preço médio registrado pela pesquisa semanal da Folha foi de R$ 2,19 por litro, com alta de 20% em 30 dias. A tendência de alta do álcool, no entanto, pode estar no fim. O hidratado já sai das usinas com preços menores do que há uma semana. É o que mostram os valores de negociações do hidratado em Paulínia, conforme dados do Cepea. Demanda menor e oferta maior vão derrubar os preços.

Fonte: Folha 
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