As chuvas não têm sido tão intensas como se esperava. Mesmo assim, comunidades estão sofrendo com as precipitações do início de inverno. Neste Município, na localidade de Sítio Pedra Branca e Formosa e outras cinco pequenas localidades onde vivem cerca de 100 famílias, a situação se complicou, e hoje vivem praticamente isoladas. A única estrada que liga as comunidades à sede do Município foi cortada pelas águas do Rio Acaraú. A chuva encheu os pequenos córregos e os mananciais, fazendo com que as águas escoassem deixando a estrada intransitável.
Por conta das chuvas, a estrada virou um verdadeiro lamaçal, carros não passam mais. As motos são as poucas opções de transporte por essa região. Os moradores contam que esse é um problema que se repete há anos. "Basta começar a chover para a estrada ficar assim. No verão, por falta de manutenção, fica ruim transitar de carro", disse o motorista do ônibus escolar, Joaquim Rodrigues.
As crianças que estudam nas escolas fora das comunidades são as mais prejudicadas, que neste período do ano são obrigadas a acordar mais cedo para ir à escola. O transporte escolar não chega até as localidades mais distantes e os pais são obrigados a improvisarem para fazer com que os filhos cheguem à sala de aula. A maioria é transportada até o trecho danificado de bicicletas, motocicletas e até a pé.
O agricultor Tarcísio Soares, que mora na localidade de Porpurema, onde acontece a última parada, conta que os alunos, a maioria crianças com idade entre cinco e sete anos, costumam chegar por volta das 5h30, para esperar a saída do coletivo. "Venho deixar e pegar minha sobrinha Yasmim, de 5 anos. A motocicleta fica antes do trecho onde se tornou intransitável. Essa criança, para chegar até aqui, tem que acordar às 4 horas", disse a auxiliar de produção, Cintia Moreira. Para o vendedor ambulante Honório Gonçalves de Souza, este não é único trecho ruim da estrada. "Próximo a Pedra Branca existe outro trecho que também merece reparo. Até a gente que anda de moto temos dificuldade", disse Honório Gonçalves.
No segundo semestre de 2009, a Prefeitura chegou a anunciar a recuperação da rodovia. Segundo o motorista do coletivo escolar, que faz a linha há mais de 10 anos, Joaquim Rodrigues, uma placa fixada revelava que algo em torno de R$ 100 mil seria investido. "A estrada passou recentemente por reforma. O problema é que o material utilizado não é apropriado para esse tipo de terreno". A Prefeitura de Sobral reconhece que a situação da estrada, num percurso de 12km, é precária e promete para os próximos dias a colocação de manilhas no trecho danificado para facilitar o escoamento da água. Nesta segunda, houve debate na Câmara de Vereadores sobre o problema.
Providência
Os moradores esperam que uma providência seja tomada o quanto antes para que a rotina na localidade volte ao normal. "Na nossa situação, que precisamos transportar a produção de leite, também estamos sendo prejudicados", comentou o leiteiro Marcelo de Sousa. Segundo o agente sanitarista Mário Sérgio Neves, a comunidade é formada por 95 moradias. Somente na localidade de Pedra Branca, são 37 residências.
Sofrimento
"A minha sobrinha, de 5 anos, acorda às 4 horas. Todos os dias essa é rotina. A motocicleta fica antes do trecho onde se tornou intransitável para passar"
Cíntia Moreira
Auxiliar de produção
"A viagem agora tem que ser de bicicleta. Se não for assim meu filho não estuda. O sofrimento é de todos nós que moramos aqui na localidade"
Por conta das chuvas, a estrada virou um verdadeiro lamaçal, carros não passam mais. As motos são as poucas opções de transporte por essa região. Os moradores contam que esse é um problema que se repete há anos. "Basta começar a chover para a estrada ficar assim. No verão, por falta de manutenção, fica ruim transitar de carro", disse o motorista do ônibus escolar, Joaquim Rodrigues.
As crianças que estudam nas escolas fora das comunidades são as mais prejudicadas, que neste período do ano são obrigadas a acordar mais cedo para ir à escola. O transporte escolar não chega até as localidades mais distantes e os pais são obrigados a improvisarem para fazer com que os filhos cheguem à sala de aula. A maioria é transportada até o trecho danificado de bicicletas, motocicletas e até a pé.
O agricultor Tarcísio Soares, que mora na localidade de Porpurema, onde acontece a última parada, conta que os alunos, a maioria crianças com idade entre cinco e sete anos, costumam chegar por volta das 5h30, para esperar a saída do coletivo. "Venho deixar e pegar minha sobrinha Yasmim, de 5 anos. A motocicleta fica antes do trecho onde se tornou intransitável. Essa criança, para chegar até aqui, tem que acordar às 4 horas", disse a auxiliar de produção, Cintia Moreira. Para o vendedor ambulante Honório Gonçalves de Souza, este não é único trecho ruim da estrada. "Próximo a Pedra Branca existe outro trecho que também merece reparo. Até a gente que anda de moto temos dificuldade", disse Honório Gonçalves.
No segundo semestre de 2009, a Prefeitura chegou a anunciar a recuperação da rodovia. Segundo o motorista do coletivo escolar, que faz a linha há mais de 10 anos, Joaquim Rodrigues, uma placa fixada revelava que algo em torno de R$ 100 mil seria investido. "A estrada passou recentemente por reforma. O problema é que o material utilizado não é apropriado para esse tipo de terreno". A Prefeitura de Sobral reconhece que a situação da estrada, num percurso de 12km, é precária e promete para os próximos dias a colocação de manilhas no trecho danificado para facilitar o escoamento da água. Nesta segunda, houve debate na Câmara de Vereadores sobre o problema.
Providência
Os moradores esperam que uma providência seja tomada o quanto antes para que a rotina na localidade volte ao normal. "Na nossa situação, que precisamos transportar a produção de leite, também estamos sendo prejudicados", comentou o leiteiro Marcelo de Sousa. Segundo o agente sanitarista Mário Sérgio Neves, a comunidade é formada por 95 moradias. Somente na localidade de Pedra Branca, são 37 residências.
Sofrimento
"A minha sobrinha, de 5 anos, acorda às 4 horas. Todos os dias essa é rotina. A motocicleta fica antes do trecho onde se tornou intransitável para passar"
Cíntia Moreira
Auxiliar de produção
"A viagem agora tem que ser de bicicleta. Se não for assim meu filho não estuda. O sofrimento é de todos nós que moramos aqui na localidade"
Fonte: Diário do Nordeste
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