Foto: Alex Costa |
Professores da rede municipal realizaram, ontem de manhã, assembleia geral. A categoria decidiu pela manutenção da greve. O pátio da Câmara ficou tomado por centenas de professores. Eles deflagraram o movimento no dia 26 de abril, quando denunciaram que o projeto de lei enviado pela Prefeitura de Fortaleza ao Legislativo, que deveria ter sido votado ontem, não corresponde com as reivindicações da categoria.
Gardênia Baima, da direção do Sindicato Unificado dos Trabalhadores em Educação no Estado do Ceará (Sindiute), diz que a Prefeitura mandou uma mensagem com salário inicial de R$1.187,00, quando o valor do piso calculado com o valor do custo aluno hoje, seria de R$ 1.597,00. "Nós estamos com uma diferença ainda muito larga do ponto de vista da tabela enviada pela Prefeitura".
A sindicalista reclama ainda que foram enviadas duas tabelas, uma para professores de nível médio e outra para os que possuem graduação. Ela argumenta que no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) não existe esse desmembramento. Da forma como está proposta, a mensagem concederia reajuste de 18% para os professores de nível médio, contemplando em torno de 300 profissionais, e de 2% para os demais, que possuem alguma graduação. Este último grupo representa a maior parcela dos professores já que existe, segundo estimativa do Sindiute, cerca de 13 mil professores em Fortaleza.
Michele Abreu Andrade, 32, ensina há um ano na Escola Professor Jacinto Botelho, em Maranguape, e se queixa das condições de trabalho, que, segundo ela, são péssimas, com salas de aula superlotadas. "A gente percebe pelo piso salarial que o professor não é valorizado. É notório o descaso do governo com a educação". Ela diz que profissional valorizado pode se organizar melhor e ministrar aulas de mais qualidade. "Cumprir o piso salarial seria o mínimo que o governo poderia fazer para minimizar a situação da educação".
Reinvindicações
Gardênia Baima, da direção do Sindicato Unificado dos Trabalhadores em Educação no Estado do Ceará (Sindiute), diz que a Prefeitura mandou uma mensagem com salário inicial de R$1.187,00, quando o valor do piso calculado com o valor do custo aluno hoje, seria de R$ 1.597,00. "Nós estamos com uma diferença ainda muito larga do ponto de vista da tabela enviada pela Prefeitura".
A sindicalista reclama ainda que foram enviadas duas tabelas, uma para professores de nível médio e outra para os que possuem graduação. Ela argumenta que no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) não existe esse desmembramento. Da forma como está proposta, a mensagem concederia reajuste de 18% para os professores de nível médio, contemplando em torno de 300 profissionais, e de 2% para os demais, que possuem alguma graduação. Este último grupo representa a maior parcela dos professores já que existe, segundo estimativa do Sindiute, cerca de 13 mil professores em Fortaleza.
Michele Abreu Andrade, 32, ensina há um ano na Escola Professor Jacinto Botelho, em Maranguape, e se queixa das condições de trabalho, que, segundo ela, são péssimas, com salas de aula superlotadas. "A gente percebe pelo piso salarial que o professor não é valorizado. É notório o descaso do governo com a educação". Ela diz que profissional valorizado pode se organizar melhor e ministrar aulas de mais qualidade. "Cumprir o piso salarial seria o mínimo que o governo poderia fazer para minimizar a situação da educação".
Reinvindicações
Negociações com os vereadores
As negociações com relação a pauta de reivindicações dos professores está ocorrendo na própria Câmara Municipal. Foi o que informou o titular da Secretaria de Administração do Município (SAM), Vaumik Ribeiro. Em defesa da gestão municipal, diz que de 2005 a 2011 a categoria teve um ganho real de 72% acima da inflação. Para este ano, estão previstas várias correções, enfatiza o titular da SAM. Em janeiro, os professores tiveram reajuste de 6,47%, em agosto está programado o reajuste de Progressão por Capacitação, equivalente a 2%, e para dezembro está programada ainda a Progressão por Tempo de Serviço, que deverá beneficiar quase toda a categoria, com mais 2%.
Ribeiro explica que o Supremo Tribunal Federal (STF) deliberou, em abril deste ano, que somente o vencimento base será considerado para fins de piso salarial. Por isso os profissionais de nível médio devem ser contemplados com reajuste de 18%, para que se adequem ao salário de R$ 1.187,97, como indica o Ministério da Educação (MEC). Ele afirma que o professor que ingressa na rede municipal de ensino recebe salário de R$ 1.877,00 - sendo R$1.251,00 do vencimento base, mais 50%. Portanto, valor superior ao que indica o MEC.
As negociações com relação a pauta de reivindicações dos professores está ocorrendo na própria Câmara Municipal. Foi o que informou o titular da Secretaria de Administração do Município (SAM), Vaumik Ribeiro. Em defesa da gestão municipal, diz que de 2005 a 2011 a categoria teve um ganho real de 72% acima da inflação. Para este ano, estão previstas várias correções, enfatiza o titular da SAM. Em janeiro, os professores tiveram reajuste de 6,47%, em agosto está programado o reajuste de Progressão por Capacitação, equivalente a 2%, e para dezembro está programada ainda a Progressão por Tempo de Serviço, que deverá beneficiar quase toda a categoria, com mais 2%.
Ribeiro explica que o Supremo Tribunal Federal (STF) deliberou, em abril deste ano, que somente o vencimento base será considerado para fins de piso salarial. Por isso os profissionais de nível médio devem ser contemplados com reajuste de 18%, para que se adequem ao salário de R$ 1.187,97, como indica o Ministério da Educação (MEC). Ele afirma que o professor que ingressa na rede municipal de ensino recebe salário de R$ 1.877,00 - sendo R$1.251,00 do vencimento base, mais 50%. Portanto, valor superior ao que indica o MEC.
Fonte: Diário do Nordeste