Ar@quém News - domingo, 31 de julho de 2011

Professores ameaçam entrar em greve na segunda-feira

Izolda Cela
Diante do impasse com o Governo do Estado e sem negociações salariais à vista, professores da rede pública estadual de ensino ameaçam entrar em greve em todo o Ceará, a partir de segunda-feira. Neste dia, a categoria realizará assembleia geral, às 15 horas, no Ginásio Paulo Sarasate, para decidir sobre a paralisação das atividades.

Na tarde de ontem, representantes dos professores se reuniram com o secretário estadual da Fazenda, Mauro Filho (PSB), com a secretária da Educação, Izolda Cela (PT), e com representantes da Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag) para tentar uma nova negociação com o Governo, depois da categoria ter rejeitado a proposta apresentada pelo governador Cid Gomes (PSB) na noite da última quinta-feira. Sem sucesso, a reunião de ontem acabou deixando as mesmas divergências.

A proposta do Governo, elaborada em conjunto pelas três secretarias, eleva de R$ 1.461,50 para R$ 2 mil a remuneração (base+regência) do professor em início de carreira com nível superior, em relação a 2010, o que representa aumento de 45% no salário.

Os professores, no entanto, alegam que o reajuste salarial apresentado pelo governador só beneficiará cerca de 20% da categoria. “Os outros 80%, que são a imensa maioria, não ganharão quase nada, serão excluídos. Poucos estão em início de carreira. A tabela não considera tempo de serviço e capacitação”, destaca o presidente do Sindicato dos Professores no Estado do Ceará (Apeoc), Anízio Melo.

Além disso, a categoria critica que o Governo tenha apresentado o piso salarial dos professores no valor estabelecido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), que é de R$ 1.187. Os professores defendem que o valor seja de R$ 1.587, conforme prevê a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

Por meio de sua assessoria de imprensa, Izolda Cela afirmou que “a proposta tem como objetivos a valorização da categoria, que terá um salário melhor, assim como a correção da distorção salarial do início da carreira e a possibilidade de progressão para quem já não tinha como ascender”. Ainda segundo a secretária, a reunião de ontem ocorreu por orientação do governador, que solicitou que fosse feita “uma validação dos números” apresentados na última quinta-feira.


Fonte: O Povo Online
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