Quem fizer a prova do Enem no mês que vem terá que ficar atento às novas regras para a redação. Houve mudanças nas exigências e também na forma de avaliação do texto. Dia de aula de redação é sinônimo de sala cheia. “A redação na nota final tem um peso muito forte. Nos cursos mais concorridos é o que vai definir quem entra na faculdade e quem está fora”, diz o estudante Igor Rocha e Silva, 17 anos. Neste ano o Inep, que organiza o exame, anunciou mudanças nos critérios de correção da prova de redação. O candidato deve escrever, no mínimo, oito linhas de texto, em vez das 11 que eram cobradas até 2010. E não pode utilizar trechos da pergunta na redação. O texto precisa ser do tipo dissertativo-argumentativo: o aluno apresenta a tese sobre o tema proposto e tem que mostrar soluções que sustentem seu ponto de vista. Outra mudança importante é em relação ao critério de revisão. A prova, que vai de zero a mil pontos, será automaticamente corrigida por um supervisor quando a diferença entre as notas dos dois avaliadores atingir 300 pontos. Até o ano passado, pra ter esse direito era preciso haver divergência de pelo menos 500 pontos. “Se eles diminuem essa margem de erro para que o supervisor dê a nota final, é melhor. Quanto menor essa tolerância com relação a diferença de nota, mais seguro e mais tranquilo nós ficamos e os alunos também”, aponta o professor de redação Rafael Marques. Professores e alunos concordam que não há treino melhor do que a preparação permanente. “Ela exige do candidato um processo continuado de leitura. E, muitas vezes, essa leitura é acompanhada pelos professores para que ele tenha oportunidade de avaliar criticamente o texto com uma orientação mais específica”, explica a professora de português Cleide Simões. “Técnica é fácil. Agora, se cai um tema que você não sabe, aí não tem como inventar na hora”, diz Luiza Penido de Oliveira, d 19 anos. “Se a pessoa tiver certeza do que fazer, se preparou durante o ano inteiro para a prova, independente da regra ela vai conseguir se adaptar e fazer uma boa redação”, sugere Rafaela Silveira, de 17 anos.
Fonte: Portal G1