Ar@quém News - segunda-feira, 14 de maio de 2012

Brasil ainda aguarda por Lei Áurea no mercado de trabalho

 
“A pobreza no Brasil tem a face negra e feminina”. A frase da presidente Dilma Rousseff, durante o Encontro Ibero-Americano de Alto Nível, em Salvador (BA), pelas comemorações ao Ano Internacional dos Afrodescendentes, ganha força neste domingo (13), 124 anos após a libertação dos escravos.

Apesar de nascidos e crescidos como homens livres, os negros no Brasil ainda sofrem discriminação, principalmente quando o assunto é o mercado de trabalho. O discurso da igualdade racial se estende somente até o momento em que o negro entra para o mercado de trabalho.

Segundo o Censo 2010, das 438 profissões listadas no mercado brasileiro, somente em 16 (3,6% do total) a renda média dos trabalhadores negros ou pardos supera a dos brancos. Isso ainda levando em consideração que, nos últimos anos, a renda média dos trabalhadores negros ou pardos subiu bem mais que a renda média dos trabalhadores brancos. Apesar do avanço, o rendimento dos negros representa em média 39% do que é pago ao branco.

“Se o povo negro é excluído e discriminado na universidade, ele também é no trabalho. Muitas vezes, o negro não consegue emprego ou, quando consegue, não tem assumido cargos de relevância. Por isso, é importante buscarmos a melhoria na condição de vida da população negra“, afirma o deputado federal Vicentinho (PT-SP), autor do Projeto de Lei nº 5882/05, que obriga as empresas a contratar trabalhadores negros na proporção correspondente ao percentual de negros da região onde estão sendo oferecidas as vagas.

Fonte: Blog do Eliomar / Com Agências
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