Ar@quém News - quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Considerações às "meras (despretensiosas) provocações ", do blog coreausiará

Sobre tema semelhante (social, econômico, político etc., da situação do município de Coreaú - CE), já tive oportunidades nesse espaço (COREAUSIARÁ) e em outros blogues, de manifestar-me a respeito de assuntos tão relevantes para a municipalidade. Por isso, oportuno e pertinente o questionamento trazido à baila pelo blogueiro.

Especificamente, nessa oportunidade, gostaria de discorrer sobre dois pontos fundamentais para o desenvolvimento da nossa terra Palma: potencial produtivo e vocações, ali referidos.

Hodiernamente, até os idos findos dos anos da década de oitenta do século passado (XX), o nosso Coreaú tinha como principais alavancas/esteio de seu desenvolvimento (crescimento econômico e social), basicamente 4 (quatro) pilares: a agricultura, a pecuária, o comércio e o poder público (os aposentados eram poucos). Com o passar dos anos, os dois primeiros vêm declinando assustadoramente sua importância econômica, agravada pela terrível e cíclica seca do semiárido nordestino, e talvez por falta de incentivo ou de políticas públicas corretas nesses setores, por falha ou omissão do poder público. O que se vê hoje é que as duas únicas fontes/oportunidades principais de emprego/trabalho para a população economicamente ativa do município advêm do setor de serviço, basicamente o comércio e a Prefeitura Municipal.

Considerada ainda por muitos como “a galinha dos ovos de ouro”, também a Prefeitura Municipal vem ao longo dos anos perdendo sua força e substância motora de se firmar como mentora e agente do crescimento/desenvolvimento da economia local (ainda que se busque parceria pública privada!?), em razão de políticas equivocadas que resultaram no marasmo e no atrofiamento em que se encontra o nosso Coreaú (o nosso PIB é quase inexistente, inexpressivo com relação ao PIB do Ceara). A sociedade local certamente também é responsável por essa triste situação (apesar de pagar boa parte dessa conta), em face de não cobrar dos seus legítimos representantes (Vereadores e Prefeitos eleitos em todos esses anos) as mudanças de estratégias e de políticas públicas em favor da melhoria da agropecuária, de oportunidade de emprego para os jovens, geração de renda para o homem do campo, educação de qualidade, cuidados com a infância, adolescência e idosos etc..

Há um grande paradoxo em Coreaú, quando dezenas de jovens concluem os seus estudos nos níveis médio e superior ao longo dos anos, mas, no entanto, não têm oportunidade de emprego/trabalho em sua terra, pois a economia do município não comporta, por estar debilitada e fragilizada, tendo como consequência o adiamento e/ou frustações de sonhos ou tentar realizá-los em outras plagas, como muitos fizeram.

O que fazer então? Qual a vocação do nosso município?

Há alguns anos o Governo do Estado tem adotado uma política de desenvolvimento para os municípios do interior do Ceará, especialmente com instalação de pequenas e médias indústrias. Mas para isso, devem existir bons projetos, vocação para o negócio/atividade a ser implantada e principalmente, mão-de-obra especializada e infraestrutura local, além dos incentivos fiscais etc.. Não há dúvidas de que a vocação de Coreaú no setor primário é a agropecuária, e no terciário o comércio. Sem política pública correta nesse sentido, dificilmente o município se desenvolverá.

É sabido por todos que Coreaú (sobre)vive das aposentadorias e pensões (população cresceu e ficou mais idosa) e dos salários do setor de serviços (comércio e prefeitura municipal). Portanto, é muito pouco para o lugar se desenvolver. Algo deve ser feito para mudar a indesejável rota contínua da bancarrota, do fracasso e da atrofia econômica.

Por oportuno, a Fábrica de Cimento POTY/Sobral inaugura em 2015 uma nova unidade no Distrito de Aprazível. O que o Poder Público e a sociedade local já fizeram ou pensam em fazer para oportunizar chances reais de trabalho/emprego e renda aos coreauense, já que a nova fábrica fica/dista apenas a 23 km da sede do município de Coreaú e a menos de 10 km do Distrito de Ubaúna!?. Espero e desejo que o clientelismo eleitoral de 4 em 4 anos não vença mais essa e outras oportunidades de crescimento profissional, econômico e social. 

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COSMO CARVALHO
Engenheiro e Advogado
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