Há alguns dias atrás escrevi umas “Breves considerações sobre um
ilustre mestre!” e as enviei
ao blog da AEDI, o mesmo vindo a publicá-las. Outros blogs divulgaram aquele
documento, pois narrava algumas contribuições do Professor Zé Jacó para minha
formação; narrava também a saída deste da sala de aula de forma
antidemocrática, contra seu próprio desejo e as consequências disso.
Uma vez que meu pequeno texto tratava de algo relacionado ao
progresso de nossa Educação, teve muita repercussão nas redes sociais. Como
esperado, todo pensamento tem aqueles que combatem, e já eram esperados os comentários
opositores. Estamos cercados por pessoas covardes, que pregam ideias que vão
contra os princípios de uma verdadeira Educação.
No blog Araquém News vários comentários surgiram, muitos de apoio
ao Zé Jacó, alguns, de um (ou uns?) de nome anônimo covarde e retrógrado às
ideias progressistas. Nestes traços vindouros, quero apenas me manifestar mais
uma vez, agora fazendo brevíssimas colocações sobre três comentários do
anônimo. Os três comentários foram retirados na íntegra (como publicado) no
blog Araquém News.
Anônimo disse...
O Zé Maria é apenas um homem de meia-idade que ainda pensa ser um
adolescente rebelde, contraditório com suas próprias ideias. Apoiou o Chico
Antônio nas duas eleições passadas a quem sempre criticou, muitos são as
testemunhas. Teve que engolir seu orgulho para adquirir "poder
político". Usa seus alunos como fantoches para falar para a comunidade o
que ele mesmo não tem coragem. Fazem seus alunos pensarem que são inteligentes
apenas por seguir seus pensamentos e ideais. Inteligência é a capacidade de
pensar por si próprio, não de seguir cegamente alguém por ser professor, ou
seja lá quem for.
Gosto muito de ler e acredito que só sairemos desse bojo
ideológico que permeia muitas mentes quando tiver uma cultura voltada pelo
hábito da leitura, sendo isso implantado no próprio Projeto Pedagógico da
Escola ou mesmo dentro da esfera familiar. Esse desejo foi despertado em muitas
mentes. Assim seremos mais livres, saberemos nos expressar melhor e se forem
bem trabalhadas as pessoas não ficarão escondidas por trás de mascaras, teremos
com isso, uma melhor formação política, científico-social e humana. Não sou
inteligente, nem muito menos penso que sou, apenas um indivíduo que ver no
conhecimento uma saída para nossa prisão ideológica, o conhecimento pode me
levar a compreender muitas coisas, o Universo, as pessoas, inclusive
identificar pessoas anônimas através de discursos. Entendem o que quero dizer?
Quando escrevi “Breves
considerações sobre um ilustre mestre!” não
expressei só a importância do professor Zé Jacó para minha formação, mas também
para os demais jovens de Araquém. Se pensarmos em Educação, a Escola deve ser
democrática, onde professores, alunos e demais funcionários possam estar
informados das decisões internas. Fui aluno e aprendiz do professor Zé Jacó e
sempre serei, tenho-o como o melhor professor que já tive durante toda a minha
vida estudantil. Não há dúvida nisto. Ao menos ele nos ensinou a se expressar
com nosso verdadeiro nome e não se escondendo atrás de máscaras, coisa que
muitas mentes medíocres fazem. Ensinou-nos a se expressar criticamente diante
dos fatos, acredito que os jovens que têm o professor Zé Jacó como mestre
acordaram e se fortaleceram. Não somos fracos e tão pouco, covardes. Não seria
uma espécie de fantochismo se esconder atrás do nome anônimo? A verdade afeta
primeiramente as mentes fracas, despreparadas...
Que fique bem claro, já sou grandinho e tenho idade suficiente
para não ser uma peça manipulada, não sigo cegamente o pensamento dele, mas
apenas aprendi a se manifestar através dos ideais dele, ele contribui para
minha formação e já disse isso, através da convivência, criei minha própria
maneira de ver o mundo e as pessoas e quando julgo necessário tento me
expressar e dizer quem eu sou. Se minhas reflexões fluem diante de pessoas
covardes, é porque ele despertou em mim esta necessidade de reflexão para
compreender os acontecimentos. Aqui neste momento, Antonio Marcos, ou Marcos
Souza não faz muita diferença. Acho que já estamos muito íntimos, seria o tempo
de se apresentar.
Nas palavras da Pitty: “Tira, a máscara que cobre o seu rosto”.
Poucos têm coragem de mostrar quem realmente são, muitos têm medo de ser mal
visto pelas pessoas, pela sociedade, medo de serem desapadrinhados. Isso se
chama fraqueza humana. Oh! Fraqueza humana, diria Isaac Asimov... Não quero ver
meus ideais sendo impedidos de fluírem pelo simples fato de encontrar pessoas
que se acham entendidas diante de um fato como este.
Anônimo disse...
meus amigos, quero dizer que não foi de agora que o prof; Zé
Maria, estar fora de sala de aula, desde o início do segundo semestre do Ano de
2012, que ele vinha atuando como coordenador da Escola Ruth Cristino, e, agora
foi que vcs foram ver isto ? qual o porque disto tudo ? . estamos em uma
democracia, e, toda gestão tem suas decisões, imagine quando elas são tomadas
em grupos, não querendo desmerecer o prf; Zé Maria, mais a Escola Ruth Cristino
está de parabéns com essas duas pessoas; Pedro policarpo como DIRETOR. e o Prof;
Chiquinho como COORDENADOR, e,
todo o grupo que compoe essa gestão. ninguém em tão pouco tempo pode obrar
milagres, mais com o empenho de todos, Araquém só tem a ganhar. agora vir em
uma rede social e, falar o que não sabe, é muito fácil.
Primeiramente conheço todos os meus amigos pelo nome, você ainda
não se apresentou, como posso ser seu amigo? Estamos em democracia? Onde mesmo?
Até onde entendo por democracia uma decisão dessas (deixar o professor fora de
sala) deveria ser discutida em grupo. Quantos professores participaram dessa
decisão? Será que todos os alunos sabem que a decisão que deixou o professor Zé
Maria fora de sala não foi democrática? Será que os pais dos alunos sabem
disso?
É verdade que toda gestão tem suas decisões, mas elas devem ser
democráticas e visar o bem da comunidade, neste caso o progresso na Educação e
não interesses politiqueiros. É bem verdade, quando essas decisões são tomadas
em grupo as coisas evoluem com mais facilidade. Não estou discutindo a nova
gestão (Nossa! Quanta informação quanto ao núcleo gestor da escola Ruth
Cristino!). Faz necessário dizer com quem estamos discutindo? Acho que não,
estar muito claro, uma vez que tem tanta informação a respeito de nossa Escola
Ruth Cristino. Expressei-me em relação ao professor Zé Maria fora de sala de
aula, quais os reais motivos dessa decisão nada democrática? Mas como foi
mencionado o Núcleo Gestor, acredito que possa fazer um bom trabalho e me
disponho para apoiar quando puder, mas democraticamente.
Ninguém estar falando em obrar milagres estamos discutindo (ou ao
menos tentando) algo mais humano, mais social, mais construtivo, ninguém
mencionou o trabalho do Núcleo Gestor. Como tu tá bem informado, não tente dar
nome a Escola pelo Núcleo Gestor, é sábio lembrar que os alunos, os pais, os
professores, o grêmio e os demais funcionários fazem parte do desenvolvimento
da Escola.
Que belas informações são colocadas neste comentário. Sim, o
Professor Zé Maria se ausentou da sala de aula no segundo semestre de 2012por
escolha e assumiu a coordenação também por
escolha, nesta última função exerceu como as demais, com toda uma dedicação
e compromisso de dar inveja a muitos. De fato realizou um ótimo trabalho, quem
poderá contradizer isso? Ninguém tem autoridade para dizer o contrário. Por
outro lado retirou-se da
coordenação também por escolha e
quando se manifestou que queria voltar pra sala de aula, seu pedido foi negado – isso neste ano. Não venha tentar me
convencer que a saída do Professor Zé foi realizada de forma democrática, em
grupo e se foi em grupo, quem participou desse grupo? Eu não sei responder, mas
ficaria muito contente se alguém me explicasse...
Agora sou eu que pergunto: por que tudo isso? E os dois
requerimentos que foram enviados à Escola e à própria CREDE 6? Se vivemos
democraticamente todos deveriam saber disso. Que interesses estão por trás de
toda essa questão? É válida uma profunda reflexão. Muitas verdades ainda estão
ocultas, prestes a florescerem... Elas fluirão naturalmente e quando julgar
necessárias...
Anônimo disse...
Edital da seleção para diretor e coordenador já foi publicado no
Diário Oficial, qual a posição dessas pessoas que estão com essa enorme
preocupação pelo Prof. Zé Maria estar fora de sala se ele decidir participar e
conseguir êxito na seleção? Apoio
à uma eventual candidatura? Ou meramente ir às redes sociais fazer uma campanha
"VOLTA ZÉ"?
Olha só a contradição!
Sinceramente me entristece o fato de muitas pessoas deste distrito
ainda viverem bitoladas em idéias tradicionalistas, visto que muitos jovens
deste distrito se auto-intitulam revolucionários mas no fim de tudo seguem a
mesma linha de um pensamento retrógrado e fechado entre eles mesmos, ACORDA
ARAQUEM...
E para finalizar um pensamento que deveria ser seguido por tais
pessoas:
"Estou firmemente convencido que só se perde a liberdade por
culpa da própria fraqueza."
Mahatma Gandhi.
Nossa! Que informação rica! Poucas pessoas sabem que o professor
Zé Jacó pensou em candidatar à Diretor, mas se vier a candidatar-se e conseguir
êxito, será POR SUA ESCOLHA e não IMPOSIÇÃO. Já disse que ele realizou um
excelente trabalho na coordenação, mas novamente digo que a discussão não é
esta. O fato é: por que até agora, não foi dada uma explicação convincente
sobre a negação de dois requerimentos? Quais as reais intenções de deixá-lo
fora de sala de aula? Não é esta sua vontade no momento?
Se optar por uma candidatura, é uma escolha dele, a não ser que
seja impedido de se candidatar. Haverá possibilidade disso? Acredito que não,
uma vez que estamos em um sistema democrático... Sim acredito que um apoio
funcionará melhor, uma campanha exigindo um debate das propostas seria bem
interessante. Não tem nenhuma contradição nisso tudo, uma vez que as pessoas
que irão apoiá-lo lutarão em favor da sua escolha. FOI UMA ESCOLHA DELE, IR
PARA A SALA DE AULA, mas mesmo vivendo numa democracia, FOI NEGADA. Qual a
explicação para isso? Eu não sei! Como é triste!
Quer dizer então que pensar em um progresso de nossa Educação;
transparência de decisões; democracia tudo isso são ideias tradicionalista?
Triste é ver pessoas com grau de “instrução elevado” não saber definir ideias
tradicionalistas. Que fezes permeiam a mente dessa (s) pessoa (s)? Como é
triste saber que essas palavras foram escritas por pessoa(s) que estar (ão)
inserida (s) no campo educacional. Como isso é triste...
Se eu penso em uma revolução na ciência, na melhoria de nossa
educação, em mudanças sociais, ambientais, na realização de nossos sonhos, em
uma nova maneira de ver o mundo, então estou apenas sendo um revolucionário que
segue a mesma linha de pensamento retrogrado? Quanta ignorância! Quanta falta
de liberdade!
É necessário Araquém acordar? Quantos jovens já despertaram para o
mundo? Todos os “revolucionários” deste distrito estão muito bem acordados,
desenvolvendo um pensamento crítico e plantando seus ideais, mas muito ainda
tem pra fazer e neste momento peço àqueles que ainda estão em um sono
manipulado: Acordem pra vida; para o processo democrático; para o processo de
conscientização; para os sonhos; para as ideias revolucionarias; acordem de um
sonho profundo em que muitos bandidos pousam de mocinhos. Acordem e perguntem:
onde foram parar nossa liberdade de escolha? Acordem e perguntem: quem são
esses anônimos que tanto desprezam as ideias de progresso, chamando-as de
retrogradas?
Quem se expressa anonimamente é mesmo liberto? Que fraqueza! Onde
estar sua liberdade? Onde estar o seu pensar por si mesmo? E pra que ler
Gandhi?
(...) e se outras informações vierem ao público? E se as redes sociais
tomarem conhecimento de informações ‘mais preciosas’? E se... Acho que vou
parar por aqui...
Por: Marcos Sousa - Blog da AEDI