Ar@quém News - sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Mulher no funk: Promiscuidade ou liberdade feminina ?

Nessa semana, o programa da Bandeirantes, A Liga, discutiu um tema atual e polêmico, a mulher no funk. Qual seria o papel da mulher nesse estilo de música muitas vezes polêmico? Seria o ultimo grito de liberdade feminista ou seria apenas uma atitude vulgar? A discussão ganhou repercussão.

Alguns trechos são bem polêmicos, tais como Tudo piranha? Claro que é! dito pelas próprias mulheres nos bailes funk. Não há como falarmos sobre funk sem falar sobre erotismo. Segundo Mariana Gomes, aluna de Cultura e Territorialidades da UFF(RJ) e autora do polemico projeto My pussy é o poder, o fato das mulheres cantarem músicas eróticas e de duplo sentido de forma tão aberta como Tati Quebra-Barraco, Deise Tigrona e outras MCs é um grande passo, pois há uma inversão de sentidos e de lugares, onde o sujeito, que antes era apenas o objeto de desejo,ou seja, a mulher, agora pode se expressar abertamente. Sem dúvida devemos levar essa questão em consideração.

No entanto, quando analisamos as mulheres do funk e suas letras eróticas e sensuais (também chamadas de “putaria”) não podemos nos esquecer do risco da reafirmação de estereótipos da mulher como objeto, além de questões de classe e raça, já que, muitas vezes, as vozes vindas da favela são vistas como menos legítimas, como o lugar da ignorância.

A influência nos jovens também é algo para se discutir, crianças de 8 anos são fãs e adotam posturas e danças de funk, no bailes, a maioria em algumas vezes são menores de idade, que se mantém à base de álcool. Até em escolas a pratica do funk em um ritmo mais erótico é praticada. Chegamos assim à uma conclusão que o funk é sim uma tendência entre os jovens, isso é algo indiscutível.

Também temos que ver o papel do homem nesse cenário, se as mulheres são tão criticadas por um lado, por outro são ovacionadas e desejadas pelo público masculino nos bailes. No programa A Liga um MC que banca cerca de 5 meninas em uma noite, disse que chega a gastar mais de R$ 4 mil com as garotas em uma noite de terça-feira, e logo após as meninas dizem que quanto mais o cara gastar melhor, dizem que só estão com esse rapaz pelo dinheiro.

Essa discussão que vem ganhando cada vez mais força e deve ser levada à todos os lugares, sexualidade é sim uma questão para se discutir. O papel que a mulher vem exercendo no funk, para algumas pessoas é extremamente deteriorante e pode substituir o papel real da mulher, que muitas vezes é de guerreira, batalhadora, dedicada, por um papel mais desvalorizado, como se fosse um simples pedaço de carne desejado por outras pessoas. E você, qual sua opinião? Vamos abrir um dialogo saudável respeitando à todos, emita sua opinião.

Fonte: Falha Social
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