Ar@quém News - domingo, 1 de setembro de 2013

Primeiro Soneto ao Sertão

Canta a rolinha na roça, no mato, 
Segue o caboclo com a sua enxada, 
Segue a rotina tranquila, de fato, 
Canta a graúna, no ninho deitada.

E o chique-chique e o mandacaru 
Que, florescidos, dão fruto vermelho. 
No sertão grande me sinto um fedelho 
À sombra fresca de um pé de caju.

Quão duradouros aqui são os momentos 
Em que espreito, somente a escutar, 
Vaivém da mãe-carnaúba a assobiar.

Vão relinchando, com carga, os jumentos, 
Sertanejo-irmão, vive a labutar. 
Na terra simples, sinto-me num lar.

Por Benedito Rodrigues
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