Ar@quém News - sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Rebeldes sírios usaram armas químicas, afirma inspetora da ONU

Grupos rebeldes sírios usaram armas químicas durante o atual conflito contra as tropas do regime do ditador Bashar Assad, afirmou a magistrada suíça Carla del Ponte, membro da comissão especial criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) para investigar as violações de direitos humanos cometidas na Síria.

"Dispomos de testemunhos sobre a utilização de armas químicas, em particular do gás sarin. Não por parte do regime sírio, mas dos opositores", disse Del Ponte em entrevista a uma rádio suíça, na madrugada desta segunda-feira.

A ex-procuradora-geral da Suíça, que atuou no Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia, disse, no entanto, que "as investigações ainda estão longe de serem concluídas", e que ainda será esclarecido se o regime de Assad também utilizou ou não armas químicas.

A acusação foi negada por um grupo rebelde, o Exército Livre Sírio, uma das maiores forças contrárias ao regime de Assad. O porta-voz da entidade, Qasem Saadedin, disse que os comentários são meras especulações.

O representante rebelde afirmou que ela não tem provas e disse que a ONU não pode comprovar o uso por não ter conseguido entrar na Síria. Os inspetores da organização ainda não conseguiram permissão do governo para entrar no país.

Para ele, os únicos capazes de controlar as armas são o regime sírio e milícias do grupo radical libanês Hizbollah. A declaração, no entanto, não contempla outros grupos rebeldes sírios, incluindo a Frente al Nusra, vinculada à Al Qaeda.

O sarin é um potente gás neurotóxico, considerado uma arma de destruição em massa desde 1991 pela ONU. Absorvido pela respiração ou em contato com pele e mucosas, ele entra na corrente sanguínea causando desmaios, convulsões e o bloqueio da transmissão de impulsos nervosos, levando à morte por parada cardiorrespiratória. 

Fonte: Folha
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