Ar@quém News - terça-feira, 5 de novembro de 2013

Brasil é um alvo fácil na guerra cibernética, dizem especialistas

As denúncias de espionagem contra autoridades e empresas brasileiras causaram mal-estar nas relações entre Estados Unidos e Brasil, por um lado, mas também escancaram um problema de segurança nacional: o País é um alvo fácil na guerra cibernética.

Segundo especialistas entrevistados pelo R7, os documentos revelados pelo ex-analista da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) Edward Snowden reforçam que o Brasil é vulnerável a ataques virtuais.

Ser alvejado em um confronto como esse significa ter sistemas informatizados derrubados. Isso pode causar a paralisação de sistemas bancários, do abastecimento de água, do saneamento básico, de comunicação, de transporte e também apagões de eletricidade, como aponta o consultor em segurança digital Alan Sanches, que é ex-membro do grupo de hackitivismo
Anonymous.

— O Brasil possui profissionais qualificados para uma possível guerra cibernética, mas a infraestrutura do País, não. Afinal, se hackers brasileiros conseguem tirar [do ar] sites de bancos durante horas, um ataque de um país com nível tecnológico maior seria devastador.

Para o diretor do Cetris (Centro de Tecnologia, Relações Internacionais e Segurança) e especialista em segurança internacional Salvador Raza, a ideia de que os EUA invadiram o computador da presidente Dilma Rousseff é lamentável por várias razões, e uma delas é por mostrar um ponto fraco do Brasil.

— A espionagem mostra o grau de vulnerabilidade do País, ou seja, é muito mais um sintoma de que é vulnerável do que uma evidência de prática da espionagem. A invasão mostra o grau de abandono e de desleixo em que a segurança cibernética foi colocada. Mostra o despreparo para entender o ambiente moderno e também para gerenciar um governo dentro de um ambiente muito mais sofisticado.

Com as defesas enfraquecidas ou praticamente inexistentes, um temor faz sentido: o de uma invasão cibernética que desestabilize o Brasil, acrescenta Raza.

— No limite, toda infraestrutura crítica do País está vulnerável: represas, sistemas de telecomunicações e aeroportos. Se houver um ataque maciço, intencional, em cinco dias o País “para”.
 
Fonte: Portal R7
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