Ar@quém News - segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O que é IDEB?

 
Para entender o que é o IDEB – “É melhor prevenir que remediar”

No final deste mês, as escola da Educação Básica, nos seus 5°, 9° anos (Ensino Fundamental) e 3ª séries (Ensino médio) farão a prova Brasil, um dos meios utilizados para se obter o Índice de Desenvolvimento da educação Básica - IDEB. Que é uma forma do MEC verificar a qualidade de ensino no país. Costumo falar para os alunos que: “foi-se a época do “faz de conta”: O governo fazia de conta que investia em educação; as escolas faziam de conta que ensinavam e os alunos faziam de conta que aprendiam.” O que não quer dizer que os investimentos são satisfatórios bons e a qualidade do ensino também está ótima.

Vale destacar que este índice não é calculado apenas pelas notas que os alunos obterão na Prova Brasil. O IDEB é medido a cada dois anos. Por exemplo, o resultado deste ano que será divulgado apenas em 2014, é referente a 2012 e 2013. Mas há outro equívoco na interpretação deste resultado, embora as notas sejam bienais, por exemplo, o resultado do 9º ano é referente a todo o Ensino Fundamental, uma vez que o IDEB avalia todo o Fluxo Escolar. Distorção série/idade; evasão escolar; aprovação/reprovação. O que nos faz concluir que dependendo dos resultados do IDEB deste ano, não adianta fazer festas e nem condenar ninguém. Os méritos ou fracassos nos resultados – Bons ou ruins – são de vários anos escolares, não apenas de 2013.

Nesse sentido é que surgiu o pensamento de passar todo mundo, ou seja, aprovação automática, para que nenhuma criança fique pelo caminho, chegando na série avaliada na idade certa. O que ainda causa muito desconforto e divergências entre gestores escolares e professores. E isso é certo? Melhora mesmo os resultados do IDEB? Na verdade são paliativos que não resolvem nada, porque a filosofia pedagógica não é aprovar todos. A ideia é que todos avancem para a série seguinte, mas com as habilidades necessárias para aprimorar e desenvolver seus conhecimentos na série seguinte. Não adianta ficar “empurrando" uma discente de ano em ano sem que eles tenham realmente aprendido o que deveria ter aprendido na série anterior, como também reprovar não é a saída. É preciso melhorar toda a educação básica, mas quem tem mais propriedade e autoridade para dar a receita para que se tenha uma educação pública de qualidade é Catarina Greco Alves, pedagoga da Universidade Federal de Viçosa – MG: “Poso afirmar que a “receita” para uma educação de qualidade que atenda ao princípio básico constitucional, embora pareça de difícil execução, requer ingredientes muito simples e óbvios, porém, infelizmente, escassos em nossa realidade, como jovens bem-preparados desde as séries iniciais, que tenham cursado um bom ensino fundamental, o que lhes dá a chance de ter sonhos, expectativas de crescimento profissional e pessoal, que tenham um projeto para um futuro de trabalho e o percorram com afinco e dedicação. Tudo isso aliado a professores valorizados, qualificados, com uma remuneração que lhes possibilite trabalhar em apenas uma escola e que lhes dê condições dignas de trabalho, assim como uma infraestrutura bem organizada e equipada” (in revista pátio, edição52 - p. 15)

Dessa forma fica uma indagação: “Quando teremos essa tão sonhada educação para nossos filhos?”

Francisco de Menezes Moreira 

Professor Chiquinho

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