Ar@quém News - sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

As falsidades do “Eu”

UHU!
“Eu” não sou um tipo raro,
“Eu” sou como qualquer outro,
Igual à “Eu” encontro em qualquer lugar.


“Eu” sou aquele que passei e fiquei,
Ensino Médio? Queria logo terminar,
Assim meu pai já não ia mais me mandar,
Pois já não aguentava mais estudar.


“Eu” sou aquele que detesta o professor que ensina,
Mas adoro aquele que enrola,
Assim a aula se passa sem demora.


Olha só que legal!
Meu candidato ganhou! vou logo pedir emprego.


“Eu” quero um emprego de professor,
Mas “Eu” detesto professor,
Mas “Eu” não tenho faculdade,
Pois não gosto de estudar,
E se “Eu” gostasse, “Eu” queria era advogado.


Acho todo politico corrupto,
Mas sou o primeiro a vender o voto
Digo que todo político é igual,
Mas nunca assisti uma sessão da câmara.


“Eu” sou aquele que sempre estou com a razão,
Mas só assisto novela e fofoca na televisão
Defendo sempre os discursos “falsos”
Mas nunca sei fundamentar.


Não sou racista,
Mas prefiro fazer amizades com os bem sucedidos.
Não sou preconceituoso,
Mas sou o primeiro a fazer piadinha quando vejo homossexuais.


“Eu” sou honesto,
Mas achado não é roubado,
Estou sempre apressado e não posso pegar fila.


“Eu” gosto de justiça e igualdade:
Se tem pra ele, igual pra mim e se tem pra mim, quanto mais melhor ainda.


Quando “Eu” erro, não sou o único,
Mas quando erram são apedrejados.


Boto toda culpa na escola pelos meus filhos serem violentos e falar “palavrões”,
Mas compro DVDs de funk, forró e filmes de violência para eles.


“Eu” sou contra “tudo”,
Mas sou “tudo”.
 
Por Joabi Teles, 
acadêmico de Filosofia na Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA

Fonte: Crônicas do Boqueirão
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