Ar@quém News - quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Até quando o Ceará vai suportar medidas emergenciais?

O prognóstico sobre o período chuvoso de 2014 foi feito e as ações emergenciais para evitar um colapso de abastecimento anunciadas. Mais uma vez. Durante 11 anos (2003-2013), foram seis quadras chuvosas abaixo da média no Ceará, três apenas nos últimos quatro anos. Hoje, dos 144 açudes cearenses, 59 não têm sequer 10% de volume d’água. A distância entre a água e quem precisa dela pode até ser reduzida por adutoras e carros-pipa. Mas até quando, se diferente de anos anteriores, a sequência de seca não deu fôlego aos reservatórios do Estado?

Entre os 184 municípios do Estado, Fortaleza está livre de problemas com água, afirmam os órgãos de controle e monitoramento hídrico. Isso se explica pelo fato de o abastecimento ser oriundo de reservas como o Castanhão, que está com 39% de volume, e o açude Orós, com 49%. A possibilidade de racionamento é mínima, de acordo com o chefe de monitoramento de recursos hídricos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), André Mavignier. “Apenas em junho -após a quadra chuvosa - teremos uma previsão sobre a possibilidade de danos à Capital. Mas precisamos começar a economizar água”, orientou.

A recomendação de André já virou regra em algumas cidades do Interior. Na maioria, já não é mais nem opção. A paisagem de secura tem em seu cenário a diminuição visível e rápida dos açudes, o que desperta a preocupação sobre a vazão das adutoras emergenciais implantadas, que chegam a transferir até 62,5 litros de água por minuto. André reconheceu que os sistemas podem significar risco de esvaziar o que ainda se tem. “É uma solução rápida, porque para perfurar poços precisa achar um local e esperar que a água tenha qualidade. Corre o risco, mas se a gente não tirar, o sol faz isso pela evaporação”, frisou.

Fonte: O Povo Online
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