Ainda
em 2012 a agricultura familiar foi eleita pelos 193 países membros da
Organização das Nações Unidas (ONU) como o tema para o ano de 2014. A
atividade, que caminha lado a lado com a preservação e o respeito ao meio
ambiente, produz mais de 70% dos alimentos consumidos pela população e já é
prioridade da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
(FAO), órgão que está à frente da campanha pelo ano dedicado à modalidade.
Segundo
o site da FAO, o objetivo do Ano Internacional da Agricultura Familiar é
reposicionar o setor no centro das políticas agrícolas, ambientais e sociais
nas agendas nacionais, identificando lacunas e oportunidades para promover uma
mudança rumo a um desenvolvimento mais equitativo e equilibrado da produção de
alimentos.
Também
pretende-se que o foco da atenção mundial esteja na erradicação da fome e
pobreza, provisão de segurança alimentar e nutricional, melhora dos meios de
subsistência, gestão dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e para o
desenvolvimento sustentável, particularmente nas áreas rurais.
Ainda
segundo a FAO, a agricultura familiar e de pequena escala estão intimamente
vinculadas à segurança alimentar mundial; preservam os alimentos tradicionais e
contribuem para uma alimentação balanceada, para a proteção da
agrobiodiversidade e para o uso sustentável dos recursos naturais; além de
representar uma oportunidade para impulsionar as economias locais,
especialmente quando combinada com políticas específicas destinadas a promover
a proteção social e o bem-estar das comunidades.
A
FAO elege, nacionalmente, uma série de fatores fundamentais para o bom
desenvolvimento da agricultura familiar, tais como as condições agroecológicas
e as características territoriais; ambiente político; acesso aos mercados; o
acesso à terra e aos recursos naturais; acesso à tecnologia e serviços de
extensão; o acesso ao financiamento; condições demográficas, econômicas e
socioculturais; e disponibilidade de educação especializada.
A
agricultura camponesa também foi apontada, em setembro deste ano, como uma das
principais atividades geradoras de novas fontes de trabalho no resumo executivo
do relatório “Perspectivas da Agricultura e do Desenvolvimento Rural nas
Américas 2014: uma visão para a América Latina e Caribe”.
No
Brasil, chega a 77% o percentual de empregos proporcionados por tal atividade
agrícola. A agricultura familiar emprega muito mais pessoas do que o
agronegócio, além de manter a saúde de seus trabalhadores, por não fazer uso de
agrotóxicos; e de contribuir para a preservação ambiental sem deixar de
produzir alimentos, já que opta por cultivos variados e métodos naturais para a
manutenção da produção.
Fonte: Brasil Atual