Ar@quém News - sábado, 1 de fevereiro de 2014

Informação é poder

Se não concordar, se entenda aí com Darth Vader!

 A princípio, colocado assim de forma seca, parece não ser bem convincente a coisa. Mas à medida que se aprofunda no tema, nota-se que é verdadeiro. Sim, informação é poder. Basta você ir a Fortaleza pela primeira vez e pedir informação a alguma pessoa para saber onde fica a casa daquele seu tio e alguma ela lhe dizer exatamente: é ali, sendo mesmo. Ou você pedir informação e a pessoa ficar com medo de você e fugir quase correndo. Conta-se que certa vez, em Mimoso no agreste de Pernambuco, existia um senhor que era considerado um sábio: era considerado o cara mais sábio e importante da cidade. Tudo o que o pessoal de lá queria saber ia procurar nele. E as pessoas não entendiam o porquê. Tempos depois, já no Recife, notaram que a “sapiência” e o consequente poder que ele ostentava tinha uma explicação: ele era o único que tinha um rádio na cidade. Ele estava sempre bem informado.

Está informado é fundamental. E está informado significa estudar para adquirir conhecimento e cultura. Está antenado através dos meios de informação que nós temos acesso tais como: Rádio (ainda é será sempre importante), a televisão, os jornais e revistas e a Internet. É essas informações adquiridas ao longo da vida que, sendo importantíssimas, vão determinar a nossa posição na sociedade. 
 
Até esse garoto sabe: "informação é poder"!

Um outro exemplo que ilustra bem essa máxima, e já deve ser conhecido por muitos, refere-se ao cearense Padre Cícero. Quem nos conta é o pesquisador Câmara Cascudo: “o padre Cícero era um homem querido e poderoso. Quando ele chegava num lugarejo qualquer do interior, ele tratava logo de conquistar o representante dos correios. Feito isso, ele confiscava todas as cartas e fazia uma leitura prévia antes que o destinatário a recebesse. Nos seus sermões ele fazia “revelações” (obtidas com a leitura das cartas) para os fiéis. Quando as informações se confirmavam, ele era chamado de santo. Tudo porque ele detinha informação”.

Quem já leu “O Príncipe”, de Maquiavel, está familiarizado com essa prática “ciceroniana”. A de que negar informação à população ajuda a perpetuar a dominação das elites. O nosso amado Fernando Henrique Cardoso, quando era presidente do Brasil, além de fazer um monte de coisas ruins, vetou a obrigatoriedade do ensino de Filosofia nas escolas públicas. Sendo ele sociólogo, humanista, um ato desses nos leva a pensar que o veto tinha interesses não muito nobres.

Para terminar, que todos se convençam que informação é poder. E que, como aponta o seguinte lema iluminista: “o homem só progride quando se livra das trevas da ignorância”.

por Valdecir Ximenes
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