O ministro da Educação, Fernando Haddad, lamentou o massacre ocorrido em uma escola da zona oeste do Rio, na manhã desta quinta-feira, quando um homem matou crianças e jovens, cometendo suicídio em seguida. “Hoje é um dia de luto para a educação brasileira; uma tragédia sem precedentes”, afirmou Haddad.
A declaração foi feita pelo ministro ao chegar a Porto Alegre (RS), onde deveria cumprir agenda nesta quinta-feira. Em decorrência do episódio, Haddad interrompeu a viagem e decidiu retornar a Brasília para coordenar a reação ao caso. De acordo com ele, toda a rede federal carioca está à disposição da Prefeitura do Rio de Janeiro e das famílias das vítimas.
Assessores de Haddad confirmaram que ele conversou por telefone com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, logo após saber do ocorrido, colocando a estrutura de instituições e hospitais universitários à disposição. Haddad estava em Porto Alegre para apresentar a deputados federais da Comissão de Educação da Câmara o funcionamento do Hospital de Clínicas, vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ele assinou ainda um protocolo de intenções com o governo estadual para a formação de professores. O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, também manifestou solidariedade às vítimas. “Expressei agora meu profundo pesar pelo massacre ocorrido hoje no Rio. O governo do Rio Grande solidariza-se com as famílias e governo do RJ”, escreveu Tarso em seu Twitter.
No início da tarde, outros ministros também já haviam se pronunciado. Em nota, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse também ter oferecido apoio aos governos estadual e municipal e prestou solidariedade aos familiares das vítimas. Antes de iniciar palestra no Encontro Nacional de Combate às Organizações Criminosas, em João Pessoa, na Paraíba, onde cumpria agenda, o ministro solicitou um minuto de silêncio pelas vítimas da tragédia.
Ministra dos direitos humanos
Visivelmente abalada, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, lamentou no começo da tarde desta quinta-feira (07) os assassinatos das crianças. “É nossa responsabilidade evitar que isto aconteça, que escolas sejam um lugar de segurança. Vamos verificar o que ocorreu para evitar que isso aconteça porque nós passamos de qualquer limite de violência diante destes fatos”, destacou. Maria do Rosário está em Belo Horizonte. Em encontro com vereadores da capital mineira, na Câmara Municipal, comparou a tragédia em Realengo com a chacina da Candelária, em 1993, quando oito jovens foram friamente assassinados. Ela concederia uma entrevista para falar das ações do ministério, mas, ao se emocionar e dizer que "o país está de luto muito forte", esquivou-se de falar sobre outros temas, diferentes da tragédia em Realengo.
A ministra contou ter conversado pelo telefone com a presidenta Dilma Rousseff (PT), que também está muito abalada com as mortes no Rio de Janeiro. Ela afirmou que uma equipe do ministério acompanha o caso de perto para apurar os motivos que levaram um ex-aluno a abrir fogo contra estudantes na manhã desta quinta-feira. “A presidenta Dilma se manifestou sobre a questão e nós queremos manifestar nossa solidariedade, a solidariedade da presidenta Dilma. É um sentimento de tristeza que toma conta do Brasil nessa hora, (esperamos) que o Brasil fique firme e unido porque é um sofrimento muito grande para estas famílias. São mortes que não há possibilidade de entender, de explicar, são inocentes, crianças e estudantes do Brasil”, concluiu a ministra.
Fonte: Portal IG