Ar@quém News - sábado, 2 de abril de 2011

Opinião! No Dia Mundial de Consciência sobre o Autismo, falamos em educação!

O atendimento aos estudantes com deficiência foi, durante muito tempo em nossa sociedade, responsabilidade das instituições voltadas para esse público. Desde 2008, escolas públicas e particulares devem se adequar e incluir esses alunos. Em um ambiente de total igualdade, o que sobressai é a ânsia em fazer com que todos estejam totalmente inseridos no meio social, podendo compartilhar suas diferenças, ensinando e aprendendo mais.

Nas 461 escolas municipais de Fortaleza são cerca de 2,6 mil estudantes com deficiência física e intelectual. Para eles, a Prefeitura constrói e reforma escolas, garante unidades de ensino projetadas com rampas de acesso, elevadores, banheiros adaptados e salas multifuncionais. Atualmente, são 116 salas de recursos multifuncionais no Sistema Municipal de Ensino, que oferecem aos estudantes com deficiência materiais didáticos-pedagógicos específicos, recursos de acessibilidade e equipamentos que ajudam no processo de aprendizado de forma eficaz.

A Escola Municipal Edith Braga é um desses exemplos. A instituição promove há três anos um trabalho de inclusão e hoje tem 27 estudantes com deficiência. Eles participam de todas as atividades dentro e fora de sala de aula, e são recebidos no contra turno escolar na sala de atendimento multifuncional. Os alunos são divididos em grupos e participam de atividades adequadas às suas necessidades. São crianças e adolescente com autismo, sindrome de down, défict de aprendizagem, paralisia cerebral, surdez e cegueira.

Nessa sala quem os recebe é uma professora municipal especialista em Atendimento Educacional Especializado (AEE). Dáucia Regina de Oliveira Braga é uma mulher alta, fala mansa, no verdadeiro estilo “mãezona”. É formada em pedagogia e amante da neurociência e faz questão de ressaltar a importância do processo de inclusão escolar nas instituições de ensino como um todo. “Muitas vezes, as crianças estão integradas, mas não estão incluídas. A inclusão é um processo delicado que consiste na participação e efetivação, sem que elas se sintam discriminadas”.

Dáucia ainda nos lembra sobre os benefícios que a inclusão traz para os outros alunos e de como pode transformar nossa sociedade deixando-a mais humana. “Criança não tem preconceito, geralmente quem tem são os pais. Numa sociedade tão miscigenada como a nossa, é essencial aprender viver com o outro e suas diferenças. A longo prazo, serão adultos com menos preconceitos”.

Sabemos que a inclusão é um processo de todos, das escolas públicas e particulares, das instituições, das organizações não governamentais, dos governos, das companhias privadas, dos cidadãos. Incluir é garantir para todos um mundo com mais cidadania e dignidade. É fundamental que nossos filhos crescam reconhecendo as diferenças e sendo respeitados por elas, pois não somos todos iguais.

Fonte: Blog da Janga
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