A deputada estadual Eliane Novais (PSB) assumiu-se pré-candidata a prefeita de Fortaleza em 2012. Foi até mais enfática do que o colega Heitor Férrer (PDT), que, cauteloso, diz que, se o partido lançar postulante ao Executivo da capital, poderá ser um dos interessados na vaga. Há, em perspectiva diferente da de Heitor, que tem mais a meta de marcar espaço do que entrar de fato no páreo, simbolismos especiais no gesto de Eliane. Primeiro, pelo fato de ela ser do mesmo partido do governador Cid Gomes, que tem no estafe petistas que já estão nos laboratórios de popularidade – é o caso dos secretários Camilo Santana (Cidades) e Nelson Martins (Desenvolvimento Agrário).
Depois, por ser irmã do ex-vereador Sérgio Novais, presidente municipal do PSB, pai do filho da prefeita e eminência parda das campanhas e da parte inicial das gestões de Luizianne. Terceiro, pela prematuridade da manifestação. Afinal, como é habitual que nomes oferecidos à disputa com antecipação sejam postos nas frigideiras partidárias e levados ao fogo sem complacência, deve-se estranhar o ânimo de Eliane de enfrentar agora as altas temperaturas. Faltando um ano e meio para o pleito, não é ilegítimo avaliar que há no ar um cheirinho de negociação. E, sabendo que a família Novais perdeu força no Paço e no Palácio da Abolição, negociação vira sinônimo de sobrevivência política.
Fonte: Blog Roberto Maciel
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