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A pesquisa do IBOPE que
mostrou queda no otimismo do brasileiro também revelou que 41% dos
entrevistados acreditam que o mundo seria um lugar melhor se as mulheres
fossem maioria no mundo político. Essa proporção é quatro vezes maior
do que os que acham o contrário - ou seja, que seria pior caso houvesse
maior participação do sexo feminino (9%). A média brasileira é maior que
a de todos os 65 países participantes da pesquisa do WIN (34%).
Apesar da eleição da presidente Dilma Rousseff em
2010, a primeira mulher a governar o País desde a Proclamação da
República, o gênero feminino ainda é sub-representado na maioria dos
cargos elegíveis brasileiros. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, em
2010 foram eleitas apenas 45 mulheres para as 513 cadeiras disputadas -
ou seja, 8,7% do total.
Essa é uma das taxas mais baixas do mundo - o Brasil está em 119º entre
os 146 países analisados pela União Interparlamentar (IPU). Nas
prefeituras, a proporção é um pouco maior: 12% são comandadas por
mulheres, um recorde histórico, mas longe de representar a composição
feminina na população adulta brasileira, de 53%.
A esperança de um mundo melhor em que as mulheres dominassem a política
varia de acordo com o perfil do brasileiro. Apenas 33% dos homens
concordam com essa frase, contra 48% entre as mulheres. Pessoas de maior
renda e escolaridade também tendem a ser mais céticas e a achar que
tudo seria igual nesse cenário (54% entre os que têm curso superior ou
os que ganham mais de 10 salários mínimos por mês).
Fonte: EXAME.com