Foto: Reuters |
Autoridades sanitárias alemãs indicaram, ontem, que brotos de vegetais cultivados em uma área agrícola em Bienenbüttel, na Alemanha, são responsáveis pela disseminação da bactéria E.coli, que já matou ao menos 30 pessoas - 29 na Alemanha e uma na Suécia - e infectou quase três mil pessoas. As informações foram divulgadas pelos porta-vozes do Instituto Robert Koch (RKI) e do Instituto Federal de Avaliação de Riscos em coletiva de imprensa.
"Foi possível determinar que a causa do surto foram os brotos", disse Reinhard Burger, do RKI. "As pessoas que consumiram esses produtos tiveram nove vezes mais probabilidade de sofrer de diarreia com sangue (um dos principais sintomas da infecção) do que aquelas que não consumiram", acrescentou. Os porta-vozes anunciaram também que, após a confirmação, foi suspenso no país o alerta contra o consumo de pepinos, alfaces e tomates crus.
"Alfaces, tomates e pepinos já podem ser consumidos normalmente, são produtos saudáveis", disse Andreas Hensel, do Instituto Federal de Avaliação de Riscos. Burger afirmou ainda que é possível que os brotos contaminados já tenham sido consumidos ou jogados fora, mas deixou claro que a crise não acabou e que as pessoas não devem ingerir os brotos. A fazenda na vila de Bienenbuettel, no norte da Alemanha, que foi apontada como foco de disseminação foi fechada e seus produtos foram apreendidos, mas, segundo os investigadores, não é possível determinar se tais alimentos estão sendo servidos em restaurantes.
Há também a possibilidade de que outras fazendas da região tenham sido afetadas pela E.coli, de acordo com as equipes de cientistas. Burger disse, no entanto, que o número de doentes pela infecção de E.coli vem caindo e novamente fez uma chamada à população para que observe as mínimas normas de higiene no manejo de verduras e outros alimentos crus. Em 25 de maio, os dois institutos tinham advertido oficialmente contra o consumo das citadas verduras para saladas com base nos interrogatórios a que foram submetidos os pacientes internados com a infecção de E. coli.
Na quinta-feira (9), a Espanha conseguiu o apoio alemão para tentar reconquistar a boa reputação de suas hortaliças. Autoridades espanholas disseram que a Alemanha lamentou as suas primeiras e precipitadas declarações que acusavam os pepinos provenientes daquele país de propagarem a doença. "O governo alemão se comprometeu a esforçar-se para recuperar o prestígio dos produtos agrícolas espanhóis afetados pela crise sanitária na Europa", afirmou Diego Lopez Garrido, secretário de Estado espanhol para a UE, após reunir-se com seu homólogo alemão, Werner Hoyer.
Lopez Garrido disse que a Alemanha dará apoio a uma campanha de promoção dos produtos agrícolas espanhóis que está sendo organizada em Madri para "recuperar o prestígio, a qualidade e a credibilidade dos produtos". Hoyer "lamentou profundamente" e "expressou insatisfação" pelos danos causados ao setor agrícola espanhol, que se viu "especialmente afetado pelas primeiras declarações que acusaram os pepinos pela origem das contaminações", garantiu o espanhol.
O atual surto foi causado por uma variedade supertóxica de E. coli, que normalmente pode ser encontrada nas fezes de humanos e animais e pode se espalhar devido aos maus hábitos de higiene. Segundo os especialistas, mais de três mil pessoas em 12 países já apresentaram sintomas de infecções intestinais provocadas pela bactéria.
"Foi possível determinar que a causa do surto foram os brotos", disse Reinhard Burger, do RKI. "As pessoas que consumiram esses produtos tiveram nove vezes mais probabilidade de sofrer de diarreia com sangue (um dos principais sintomas da infecção) do que aquelas que não consumiram", acrescentou. Os porta-vozes anunciaram também que, após a confirmação, foi suspenso no país o alerta contra o consumo de pepinos, alfaces e tomates crus.
"Alfaces, tomates e pepinos já podem ser consumidos normalmente, são produtos saudáveis", disse Andreas Hensel, do Instituto Federal de Avaliação de Riscos. Burger afirmou ainda que é possível que os brotos contaminados já tenham sido consumidos ou jogados fora, mas deixou claro que a crise não acabou e que as pessoas não devem ingerir os brotos. A fazenda na vila de Bienenbuettel, no norte da Alemanha, que foi apontada como foco de disseminação foi fechada e seus produtos foram apreendidos, mas, segundo os investigadores, não é possível determinar se tais alimentos estão sendo servidos em restaurantes.
Há também a possibilidade de que outras fazendas da região tenham sido afetadas pela E.coli, de acordo com as equipes de cientistas. Burger disse, no entanto, que o número de doentes pela infecção de E.coli vem caindo e novamente fez uma chamada à população para que observe as mínimas normas de higiene no manejo de verduras e outros alimentos crus. Em 25 de maio, os dois institutos tinham advertido oficialmente contra o consumo das citadas verduras para saladas com base nos interrogatórios a que foram submetidos os pacientes internados com a infecção de E. coli.
Na quinta-feira (9), a Espanha conseguiu o apoio alemão para tentar reconquistar a boa reputação de suas hortaliças. Autoridades espanholas disseram que a Alemanha lamentou as suas primeiras e precipitadas declarações que acusavam os pepinos provenientes daquele país de propagarem a doença. "O governo alemão se comprometeu a esforçar-se para recuperar o prestígio dos produtos agrícolas espanhóis afetados pela crise sanitária na Europa", afirmou Diego Lopez Garrido, secretário de Estado espanhol para a UE, após reunir-se com seu homólogo alemão, Werner Hoyer.
Lopez Garrido disse que a Alemanha dará apoio a uma campanha de promoção dos produtos agrícolas espanhóis que está sendo organizada em Madri para "recuperar o prestígio, a qualidade e a credibilidade dos produtos". Hoyer "lamentou profundamente" e "expressou insatisfação" pelos danos causados ao setor agrícola espanhol, que se viu "especialmente afetado pelas primeiras declarações que acusaram os pepinos pela origem das contaminações", garantiu o espanhol.
O atual surto foi causado por uma variedade supertóxica de E. coli, que normalmente pode ser encontrada nas fezes de humanos e animais e pode se espalhar devido aos maus hábitos de higiene. Segundo os especialistas, mais de três mil pessoas em 12 países já apresentaram sintomas de infecções intestinais provocadas pela bactéria.
Fonte: Diário do Nordeste