Foto: Bruno Gomes |
Quase cinco anos após a criação da Lei Maria da Penha, que tem como objetivo coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, os dados referentes a crimes contra pessoas do sexo feminino no Ceará continuam alarmantes. Segundo a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), foram registrados, de janeiro a maio deste ano, 4.297 denúncias. Se comparados ao mesmo período do ano passado, os números praticamente não mudaram, a queda foi de 4%. O fato deixa um alerta para que as autoridades tomem medidas preventivas urgentes para reverter essa situação.
Com relação ao número de mulheres assassinadas no Estado do Ceará, os dados, apesar de ainda expressivos, trazem um alento por conta da redução dos casos. Dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) apontam que, de janeiro a maio deste ano, 69 mulheres foram mortas, número 17% menor ao registrado no mesmo período do ano passado, quando 83 mulheres foram assassinadas em todo Estado. Após ser agredida fisicamente e ter sofrido uma série de ameaças, uma mulher de 30 anos, que preferiu não se identificar, criou coragem e foi à Delegacia da Mulher formalizar queixa contra seu ex-marido.
Ela relata que os dois viveram sete anos juntos e que no início tudo eram flores. Mas, depois que teve o primeiro filho, o companheiro arrumou outra mulher e passou a ser violento, a agredi-la. Foi quando veio a separação, que durou pouco tempo. "Ele ficava só me aperreando, então resolvi dar uma segunda chance". Porém, nada mudou. A mulher conta que o companheiro tinha um ciúme doentio, ficava relembrando coisas de seu passado. E as agressões, segundo ela, tiveram continuidade. "Uma vez ele me deu uma surra tão grande que o meu pescoço até hoje está marcado", confessou, mostrando o hematoma que ainda traz no corpo.
Em janeiro deste ano, veio a separação definitiva. Contudo, mesmo depois de separados o ex-companheiro continuou com as ameaças até que num certo dia, quando ele foi pegar a criança em sua casa, começaram novamente as agressões. A titular da DDM, delegada Rena Moura, explica que geralmente o agressor age da seguinte forma: ameaça dizendo que caso a vítima o denuncie que será pior, que ele irá matá-la, ou mesmo que vai matar a família, mas em geral isso não ocorre. Estatisticamente, afirma a delegada, os casos denunciados acabam por diminuir a violência em 90%. Além disso, a maioria dos agressores quando denunciado regride a violência. "Eles melhoram, digamos assim", afirma. Porém, quando as mulheres não denunciam por temerem uma violência maior, as consequência são muito mais graves. "80% dos casos que chegam a homicídio a mulher nunca denunciou o seu agressor", alerta a delegada.
Com relação ao número de mulheres assassinadas no Estado do Ceará, os dados, apesar de ainda expressivos, trazem um alento por conta da redução dos casos. Dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) apontam que, de janeiro a maio deste ano, 69 mulheres foram mortas, número 17% menor ao registrado no mesmo período do ano passado, quando 83 mulheres foram assassinadas em todo Estado. Após ser agredida fisicamente e ter sofrido uma série de ameaças, uma mulher de 30 anos, que preferiu não se identificar, criou coragem e foi à Delegacia da Mulher formalizar queixa contra seu ex-marido.
Ela relata que os dois viveram sete anos juntos e que no início tudo eram flores. Mas, depois que teve o primeiro filho, o companheiro arrumou outra mulher e passou a ser violento, a agredi-la. Foi quando veio a separação, que durou pouco tempo. "Ele ficava só me aperreando, então resolvi dar uma segunda chance". Porém, nada mudou. A mulher conta que o companheiro tinha um ciúme doentio, ficava relembrando coisas de seu passado. E as agressões, segundo ela, tiveram continuidade. "Uma vez ele me deu uma surra tão grande que o meu pescoço até hoje está marcado", confessou, mostrando o hematoma que ainda traz no corpo.
Em janeiro deste ano, veio a separação definitiva. Contudo, mesmo depois de separados o ex-companheiro continuou com as ameaças até que num certo dia, quando ele foi pegar a criança em sua casa, começaram novamente as agressões. A titular da DDM, delegada Rena Moura, explica que geralmente o agressor age da seguinte forma: ameaça dizendo que caso a vítima o denuncie que será pior, que ele irá matá-la, ou mesmo que vai matar a família, mas em geral isso não ocorre. Estatisticamente, afirma a delegada, os casos denunciados acabam por diminuir a violência em 90%. Além disso, a maioria dos agressores quando denunciado regride a violência. "Eles melhoram, digamos assim", afirma. Porém, quando as mulheres não denunciam por temerem uma violência maior, as consequência são muito mais graves. "80% dos casos que chegam a homicídio a mulher nunca denunciou o seu agressor", alerta a delegada.
Fonte: Diário do Nordeste