Por consenso, 30 vereadores aprovaram, nesta terça-feira (7), a emenda substitutiva ao projeto de lei que define o salário-base dos professores. O reajuste é maior do que o apresentado pelo município, mas ainda não atinge o desejo dos trabalhadores. Porém, a decisão no plenário foi apenas o desfecho de um dia de conflitos na porta da Câmara Municipal. Professores alterados e guardas municipais intolerantes protagonizaram cenas de guerra. Eles não queriam que os vereadores votassem as emendas incorporadas à mensagem de reajuste salarial da categoria. Apesar de não conhecer o conteúdo por completo, os servidores afirmavam que a matéria não iria contemplar a proposta de aumento pedida por eles.
Durante a tarde o clima continuou tenso. Os professores permaneceram em frente aos portões da Câmara bloqueando a entrada dos vereadores que não conseguiram entrar pela manhã. Não demorou muito, os conflitos começaram de forma mais intensa. A ação dos Guardas surpreendeu a todos. Bombas de gás lacrimogênio, correria, muita fumaça, spray de pimenta, gritaria, tudo pra dispersar os manifestantes.
Mesmo com a pressão, os vereadores conseguiram entrar. 16h iniciou a sessão, com 30 vereadores presentes. Em uma votação rápida, a emenda substitutiva apresentada pela mesa diretora foi aprovada por concenso. O que, segundo os vereadores, atenderia o proposto pela Prefeitura e pelos professores. Mas a matéria não atende as determinações da Lei do Piso Nacional do Magistério. Realizada a redação final, agora o projeto segue para aprovação da prefeita Luiziane Lins. No entanto, a oposição afirma que vai recorrer à Justiça e pedir a anulação da votação desta terça-feira.
Fonte: Verdes Mares