A presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira (26) que o programa “Ciência Sem Fronteiras” não é baseado no “quem indica”, mas sim no mérito e vai atender às camadas mais pobres da sociedade.
“Nos não estamos fazendo programa baseado no quem indica estamos criando no Brasil ações orientadas pelo mérito dentro de um quadro de um grande esforço de garantir que as populações mais pobres tivessem acesso ao mérito”, disse a presidente.
O programa, lançado oficialmente nesta terça-feira, vai custear 100 mil bolsas de intercâmbio nas principais universidades do exterior para estudantes, desde o nível médio ao pós-doutorado. A intenção do governo é promover o avanço da ciência, tecnologia e competitividade do Brasil.
Dilma Rousseff participou nesta terça-feira (25) da 38ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), na qual foi detalhado o programa. Em seu discurso, a presidente afirmou que haverá cuidado especial com a representação étnica, de gênero e de estudantes de todas as regiões do Brasil.
“A partir do critério de mérito, vamos aplicar outros que podem contemplar gênero, a questão étnica. A questão do mérito é essencial, sem o que não podemos implementar o projeto. Está provado que a política de mérito no Brasil pode contemplar as camadas mais pobres da população”, disse.
O foco do programa é a área das ciências exatas, que, segundo a presidente, sofrem de uma deficiência no Brasil. “O Brasil tem de reconhece que tem falhas e fraquezas e se a gente as reconhece nós damos um passo em direção ao fortalecimento. Por isso o foco desse programa está nas áreas exatas. Não estamos dizendo que automaticamente vamos formar 75 mil Einstens. Vamos forma a base de pensamento educacional do país. A expectativa é que eles voltem e se integrem à universidades, às empresas”, disse a presidente.
A presidente Dilma explicou ainda que a pré-seleção dos alunos que poderão ser beneficiados pelo programa será feita pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e pelo Programa Universidade para Todos (ProUni). Além disso, segundo a presidente, terão mais chances os alunos ganhadores de olimpíadas, principalmente da Olimpíada de Matemática.
Fonte: Portal G1