Antes de começar gostaria de
agradecer as varias pessoas, principalmente alunos e educadores, que comentaram
e compartilharam a campanha VOLTA ZÉ, sendo esta uma consequência positiva do
texto produzido pelo professor Marcos Sousa. Fico extremamente feliz em saber
que existem pessoas preocupadas com o desenvolvimento educacional de nosso
distrito, que, inquestionavelmente, não seria a mesma coisa sem a presença
ativa do professor José Maria Gomes de Lima. Esta é a primeira vez que venho a
público expressar minha opinião a respeito da referida campanha e dos
comentários surgidos após ela. Com o intuito de facilitar a compreensão do
texto e de deixá-lo com uma aparência mais atrativa dividirei meus argumentos
em tópicos, então, importante leitor, observe:
1º Chamo a atenção daqueles que comentaram (neste blog) e de forma
intencional não mencionaram os seus nomes. Realmente é muito fácil dizer o que
pensa sobre determinada pessoa por trás de uma máscara, mas o difícil é ficar
cara a cara, olhar nos olhos dela e falar: eu penso isso e aquilo de você.
Nossa Constituição Federal é bem clara ao tratar deste assunto em seu art. 5º,
inciso IV, que diz: “É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato.” Tenho certeza de que as pessoas que estão subjacentes ao nome
“Anônimo” não tiveram a honra de estudar com o professor Zé Maria e, se
estudaram, não prestaram sequer atenção nas suas aulas, pois se tivessem tido a
oportunidade de estudar com o mesmo e/ou se interessado em aprender os seus
ensinamentos jamais cometeriam a ignorância e a irresponsabilidade de
esconder-se, de não revelar-se, de ser covarde. O porquê disso? É vergonha? Ou
será medo?
2º É ruim debater com um indivíduo que além de não mostrar-se foge do
assunto que está sendo discutido. Afinal, qual a relação entre o Zé Maria de
volta às aulas, AEDI e PT? Está nítido nas palavras do comentador que este
defende o não retorno do Zé Maria à sala de aula não porque o considera um mal
educador (que para o bem de Araquém não é), mas sim por que o ver como um
obstáculo, um inimigo, uma ameaça. Que infeliz!
3º Mas pegando a desnecessária
relação feita pelo comentador, exponho que ninguém é obrigado a se filiar a uma
associação ou a qualquer partido político. Isso quer dizer que quando o
indivíduo observa que há compatibilidade das suas ideias com alguma instituição,
ou seja, quando ambos buscam um mesmo objetivo e defendem o mesmo princípio
ideológico, este se sente forte, pois é representado, daí surge o desejo em
também participar. O que quero mostrar
com estas palavras é que se alguém está associado à AEDI é porque pensa igual a
ela e busca conquistar o mesmo objetivo que ela deseja, isto é, uma sociedade
onde há pessoas formadoras de opinião, críticas, educadas, capazes de pensar
por si própria, que não fujam de debates, que não tenham medo de se
identificar, etc. O mesmo acontece com o PT, visto que este busca uma sociedade
onde há pessoas altamente politizadas, que saibam escolher melhor seus
candidatos, que não pactuem com qualquer forma de politicagem, que repudiem a
compra de votos, que fiquem atualizadas politicamente do que acontece no âmbito
Municipal, Estadual e Federal (e a partir disso fazer uma análise crítica dos
últimos acontecimentos), etc. Então, partindo desses pressupostos não existe
nada de anormal no fato de alguns membros da AEDI serem também membros do PT. A AEDI, assim como o Ensino Médio de nosso
distrito, surgiu em Araquém graças ao esforço e ao trabalho árduo do professor
Zé Maria (em conjunto com outras pessoas), o mesmo homem que há vários anos é
filiado ao Partido dos Trabalhadores e que atualmente é presidente do mesmo.
Mas não é por que a AEDI e o PT tenham necessitado da participação de um mesmo
homem para suas fundações que ambas venham a ter intimas relações. Assim como
não é porque a maioria dos filiados da AEDI sejam também filiados ao PT que
este e a associação estejam intrinsecamente mesclados. Sem falar que Araquém é
um distrito pequeno e isto implica na não diferenciação dos membros das duas
instituições, posto que as pessoas que querem mudanças na educação são quase
que totalmente as mesmas que querem uma restauração na política de nosso
município, na qual todos já conhecem como é e também como funciona.
4º Deixando a AEDI e o PT de lado, que não tem nada haver com o assunto
que está sendo abordado, o que observamos é que o educador Zé Maria está sendo
desrespeitado e que mesmo ele sendo concursado e ter uma grande importância
para a história educacional de Araquém está sendo impedido de fazer o que mais
gosta, de lecionar. O porquê disso? A quem interessa o cerceamento da vontade
deste professor? De quem é a culpa? Porque o núcleo gestor da escola ainda não
se manifestou e/ou se pronunciou sobre o problema? São indagações que não
querem calar e que merecem respostas, não só ao professor Zé Maria, mas aos
alunos e aos demais professores da referida escola, nos quais a maioria não
concorda com esta lastimável situação.
5º Por fim, creio que não será necessário falar da índole do Zé Maria,
pois outras pessoas, como o Marcos Sousa, Fernando Machado, Paulo Souza, dentre
outras, já abordaram o assunto. Então, fico por aqui. Obrigado pela atenção!
Por Hélio Costa