A Letônia se torna hoje o 18º país a integrar a zona do euro, que reúne
as nações europeias que utilizam o euro como moeda única. A UE (União Europeia) aprovou oficialmente em julho de 2013 a adoção do euro pelo país báltico.
A decisão formal foi dada pelos 28 ministros das Finanças da UE, em Bruxelas. A aprovação concluiu o processo de adesão.
Antes, o Conselho Europeu, que reúne os chefes de Estado e de governo do bloco, o Parlamento
Europeu e o Banco Central Europeu já haviam dado seu aval. A adesão da Letônia à zona do euro havia sido proposta em junho pela
Comissão Europeia, o órgão executivo da UE. Apesar de festejada pelo
governo, a adoção do euro não tem a simpatia de todos os cidadãos do
país.
À época da aprovação oficial, pesquisas afirmavam que apenas um terço
dos 2,3 milhões de habitantes apoiavam a decisão. Muitos temiam aumento
de preços com a chegada da nova moeda. Duramente atingida pela crise financeira de 2008, a Letônia necessitou
de ajuda de 7,5 bilhões de euros da União Europeia e do FMI (Fundo
Monetário Internacional). O país adotou um plano de austeridade para se
recuperar.
O país deverá ter crescimento de 4% em 2013, bem acima da expansão de
Alemanha (0,5%) e França (0,2%), outros países que fazem parte da área
de moeda única. Já a perspectiva para a zona do euro é retração de 0,4% do PIB (Produto Interno Bruto) da região em 2013. A Letônia torna-se o sexto dos chamados novos Estados-membros (os 12
países que aderiram à União Europeia entre 2004 e 2007) a adotar o euro
como moeda, depois de Eslovênia (2007), Chipre e Malta (2008),
Eslováquia (2009) e Estônia (2011).
O bloco inclui também Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia,
França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal. A Letônia pertencia à antiga União Soviética e ganhou sua independência em 1991, com o fim do bloco.
Hoje, o setor de serviços tem o maior peso na economia: 62,4%. A
indústria equivale a 25,8% e a agricultura, a 11,8%. Entre os principais
itens produzidos estão fibras sintéticas, máquinas agrícolas e
farmacêuticos. O país depende da importação de energia e
matérias-primas.
Fonte: Folha de S. Paulo
