Ar@quém News - quinta-feira, 9 de maio de 2013

FBI não alertou Boston sobre investigação a terrorista

O FBI voltou a ser o pivô de críticas nas investigações sobre o atentado que matou três pessoas na Maratona de Boston. O chefe da polícia da cidade, Edward Davis, afirmou nesta quinta-feira que os agentes federais americanos não avisaram sobre o alerta do governo russo a uma possível ligação de extremistas islâmicos com Tamerlan Tsarnaev, morto após uma troca de tiros com as autoridades, em abril. O comissário acredita que estas informações seriam cruciais para a polícia de Boston monitorar os passos do terrorista e evitar o ataque organizado junto de seu irmão mais novo, Dzhokhar.

Davis foi interpelado na primeira audiência pública da Comissão de Segurança Interna que investigará a postura adotada pelas autoridades neste caso. O responsável pela polícia de Boston afirmou que alguns de seus oficiais chegaram a participar de uma força-tarefa junto do FBI, mas admitiu que o seu departamento não tinha conhecimento do pedido de investigação feito pela Rússia e nem das entrevistas com Tamerlan e seus pais.

Em 2011, o governo russo pediu ao FBI para investigar Tamerlan sob a suspeita de que ele teria se radicalizado no Islã após uma viagem de seis meses ao Daguestão. Ele foi interrogado pelo FBI no mesmo ano, mas, após entrevistas com o suspeito e sua família, a polícia não encontrou "comportamento suspeito". Um novo pedido da Rússia para mais informação e exames mais rigorosos foi ignorado, segundo a rede BBC. Davis, por sua vez, disse que as autoridades de Boston poderiam ter contribuído para formar uma segunda opinião sobre Tamerlan.

“Eu não estou apto a julgar ninguém neste momento, mas existem questões que precisam ser respondidas”, disse o comissário de Boston. “Nós aprendemos há décadas sobre o perigo de não conseguir ligar os pontos. O meu medo é que os terroristas de Boston tenham alcançado os seus objetivos porque o nosso sistema falhou. Nós podemos e devemos fazer melhor do que isso”, acrescentou o chefe da Comissão de Segurança, Michael McCaul. Informações da Veja.
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