Justin Bieber está coberto de razão: os brasileiros são os piores fãs do mundo. Alguém precisava dizer isso. Pena que foi logo ele, um dos piores ídolos do mundo.
O jovem cantor de uma música só ficou bravo com o tratamento recebido em sua passagem por nossas bandas. Primeiro, encerrou o show em São Paulo no momento em que foi atingido por um objeto lançado da pista. Deve ter sido alguém da torcida uniformizada do pop star: ao vivo, tomou consciência da mediocridade de sua escolha musical. Violência gera violência, mas neste caso a agressão aos ouvidos da plateia foi imediatamente interrompida.
Depois, Justin foi perseguido por um grupo que o atormentou desde a mansão onde está hospedado até um passeio de carro pelo Rio de Janeiro — já de madrugada! Em determinado momento, os seguranças do cantor desceram, tentaram arrancar a chave do carro da mão do fã desocupado e furaram um dos pneus do veículo.
Neste momento, o ídolo surtou e começou a gritar com a molecada: “Vocês são os piores fãs do mundo! Eu tenho uma vida!”. Ui. Quem não?
Tietagem tem limite, em qualquer parte do planeta. Mas por aqui, devido a algum motivo obscuro, a idolatria é um distúrbio coletivo que atinge indistintamente todos os públicos, de roqueiros à turma do funk. Deve ser uma profunda carência afetiva ou vocação para macaco de auditório. O fato é que, para os brasileiros, humilhação é quase uma oferenda aos deuses do show bizz.
Fica a lição: acampar dias em frente a uma bilheteria é sinal de estupidez. Não vale a pena. Idolatrar quem quer seja é sentar no último degrau da cadeia alimentar. Atormentar artistas é coisa de gente atormentada. Gostou? Aplaude no final — e depois vai pra casa, cuidar da própria vida (aquela que todo mundo tem).
O jovem cantor de uma música só ficou bravo com o tratamento recebido em sua passagem por nossas bandas. Primeiro, encerrou o show em São Paulo no momento em que foi atingido por um objeto lançado da pista. Deve ter sido alguém da torcida uniformizada do pop star: ao vivo, tomou consciência da mediocridade de sua escolha musical. Violência gera violência, mas neste caso a agressão aos ouvidos da plateia foi imediatamente interrompida.
Depois, Justin foi perseguido por um grupo que o atormentou desde a mansão onde está hospedado até um passeio de carro pelo Rio de Janeiro — já de madrugada! Em determinado momento, os seguranças do cantor desceram, tentaram arrancar a chave do carro da mão do fã desocupado e furaram um dos pneus do veículo.
Neste momento, o ídolo surtou e começou a gritar com a molecada: “Vocês são os piores fãs do mundo! Eu tenho uma vida!”. Ui. Quem não?
Tietagem tem limite, em qualquer parte do planeta. Mas por aqui, devido a algum motivo obscuro, a idolatria é um distúrbio coletivo que atinge indistintamente todos os públicos, de roqueiros à turma do funk. Deve ser uma profunda carência afetiva ou vocação para macaco de auditório. O fato é que, para os brasileiros, humilhação é quase uma oferenda aos deuses do show bizz.
Fica a lição: acampar dias em frente a uma bilheteria é sinal de estupidez. Não vale a pena. Idolatrar quem quer seja é sentar no último degrau da cadeia alimentar. Atormentar artistas é coisa de gente atormentada. Gostou? Aplaude no final — e depois vai pra casa, cuidar da própria vida (aquela que todo mundo tem).
Fonte: O Provocador